22 setembro 2009

Policiais militares do RN fazem paralisação de 24 horas


Natal e o restante do estado podem ficar sem policiamento ostensivo durante todo o dia, em função do movimento Foto: Fabio Cortez/DN/D.A Press

Categoria cruza os braços hoje para exigir melhorias salariais

Natal pode amanhecer o dia de hoje sem policiais nas ruas. Os PMs prometem realizar uma paralisação de 24 horas para exigir do governo estadual um posicionamento em relação ao cumprimento da Lei Complementar 273/04, que trata sobre o escalonamento vertical do piso salarial de policiais e bombeiros militares. De acordo com a lei, o piso salarial dos militares estaduais deveria ser reajustado anualmente, de acordo com os reajustes do salário mínimo, já que o menor salário da categoria (aluno-soldado) não pode ser inferior ao salário mínimo vigente no estado. Entretanto, os policiais alegam que a lei não está sendo cumprida e o salário está defasado.

Além da paralisação das atividades, os policiais se reunirão, a partir das 8h, no Clube Tiradentes e seguirão em caminhada até a Assembleia Legislativa para participar de uma audiência pública justamente sobre a situação da Polícia Militar no estado. "Na audiência trataremos das legislações da polícia, da carga horária, plano de carreira e do cumprimento da Lei 273/04", explica o Cabo Jeoás Nascimento dos Santos, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS PM/RN).

Sobre a paralisação, para a qual todo o efetivo foi convocado, o presidente da ACS afirma que "não podemos, enquanto entidades representativas dos policiais militares, simplesmente fechar os olhos a esses desrespeitos a nossa categoria, por isso estamos exigindo o cumprimento da lei". A categoria aguarda um posicionamento do governo do estado, desde o início de agosto, mas até então não foi dado seguimento às negociações. "Os prazos pedidos foram cumpridos e as entidades negociaram o quanto foi possível. Fizemos nossa parte, não fomos radicais e o governo não poderá alegar que fomos intransigentes", afirma o Cabo Jeoás.

Irregular

O coronel Francisco Araújo Silva, comandante do policiamento da capital, afirmou desconhecer a paralisação e espera policiamento normal nas ruas hoje. "Militar não paralisa e não faz greve. Isso é constitucional. Se faltarem ao serviço é transgressão e se ultrapassar as 24 horas é crime. Os policias que estiverem de folga poderão participar dessas atividades, mas os que estiverem escalados, deverão estar no serviço. Eles tem o direito de se manifestar e a corporação de tomas as medidas necessárias se isso ocorrer".

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