A maioria dos brasileiros considera o trabalho feito pela Polícia Militar lento ou ineficiente nos atendimentos
de emergências por meio de denúncias ao 190. O dado consta no
estudo Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social), divulgado pelo
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta quinta-feira (5).
De acordo com a pesquisa, 53,3% dos entrevistados disseram que a PM não
atende de forma rápida e eficiente. A pesquisa foi realizada em 3.775
domicílios em 212 cidades do Brasil.
Segundo o estudo, apenas na região Sul essa porcentagem equivale a menos
da metade dos entrevistados (48,2%). Já no Norte e no Nordeste, o
índice ultrapassa a média nacional: 62,6 e 57,6%, respectivamente. Na
região Sudeste, 40,3% dos questionados disseram ser o serviço rápido e
eficiente.
Questionados se a Polícia Militar aborda as pessoas
de forma respeitosa nas ruas, a população do Norte foi a que fez a pior
avaliação: 62% consideram a abordagem desrespeitosa. O índice ficou dez
pontos acima da média nacional, de 51,5%. No Nordeste, 54,1% também
disseram não se sentir respeitados pela PM.
Já no Sul, a avaliação foi mais positiva: 52,9% dos entrevistados
concordaram com a afirmação de que os policiais militares abordam as
pessoas de forma respeitosa nas ruas. A região também apresenta a menor
porcentagem de pessoas que discordaram totalmente disso, com apenas 6,2%
dos registros.
Confiança na PM
Entre as instituições Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a PM é a que menos transmite segurança
na avaliação da população. De acordo com o estudo, 21,4% dos
entrevistados disseram que “não confiam” no trabalho da corporação. Em
segundo lugar ficou a Polícia Civil com 20,6% dos votos. Já a Polícia
Federal é a corporação em que as pessoas “mais confiam”, com apenas
10,5% de não aprovação.
Na região Norte, apenas 31,1% dos entrevistados dizem confiar nas suas
polícias militares, e 28,2% afirmam não confiar nem um pouco nelas. Em
oposição, a população do Sul diz ser a mais confiante nas suas polícias
militares, pois é a única região na qual a soma daqueles que confiam ou
confiam muito chegou à casa dos 40%. Além disso, apenas 12% dos
entrevistados do Sul declararam não ter nenhuma confiança na Polícia
Militar. A avaliação de confiança na Polícia Civil segue um padrão muito
semelhante, por região, à avaliação da Militar. Ainda
de acordo com o estudo, os jovens, na faixa entre 18 e 24 anos, são os
que mais desconfiam da PM, com 26,9% dos registros. Essa porcentagem
diminui à medida que cresce a faixa etária, até chegar a 14,2% entre os
mais idosos da amostra, com 65 anos ou mais. O mesmo acontece com a
proporção de entrevistados que afirmam confiar muito na Polícia Militar:
apenas 3,7% estão entre os mais jovens. Esse índice sobe para 10,1%
entre os mais velhos.
Comparação
Comparada aos dados da pesquisa anterior, feita em 2010, a
confiança nas instituições policiais dos Estados aumentou um pouco. No
caso das polícias militares, apenas 25,1% da população afirmou “confiar”
e 4,2% afirmavam “confiar muito” na Polícia Militar em 2010. Essas
porcentagens subiram, respectivamente, para 31,3% e 6,2% em 2012.
O mesmo aconteceu com a percepção sobre as polícias civis, em que 26,1%
diziam “confiar” e 4%, “confiar muito” em 2010. No último levantamento,
esses percentuais passaram para 32,6% e 6%, respectivamente.
Por R7 Noticias
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