RIO DE JANEIRO – Uma favela cenográfica de 1.800 m² instalada dentro de um Batalhão de Polícia Militar, localizado no bairro de Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro. Assim é a “Cidadela de Instrução, Sobrevivência e Direitos Humanos”, construída para aperfeiçoar o treinamento de policiais em situações de conflito.
Nesta quarta-feira, cerca de 10 policiais participaram de um treinamento no local. Enquanto um grupo se passava por um bando de criminosos armados, outros puderam pôr em prática as instruções de abordagem, defesa e tiro, utilizando coletes à prova de balas, máscaras e armas de paintball.
Paulo Botelho |
Policiais militares conhecem as instalações da favela cenográfica |
De acordo com a PM, a previsão é que favela cenográfica fique totalmente pronta dentro de 20 dias, quando o local será inaugurado oficialmente. Segundo a corporação, ainda vão ser instalados no cenário uma torre de controle – com efeitos de luz, fumaça e som de tiro, de onde será comandado o treinamento –, além de portas e janelas nas habitações.
A PM informou que a favela cenográfica estará disponível para treinamento de toda a corporação. As aulas serão diurnas e noturnas e devem constituir metade da carga horária do curso de formação. A expectativa é que, até 2010, sete mil novos aspirantes utilizem o local durante sua formação.
Paulo Botelho |
Policiais participam de treinamento em ruelas da favela cenográfica |
Treinamento
Segundo o tenente-coronel Josiel Havani dos Santos, durante os exercícios, serão observados o posicionamento do corpo e a maneira como o policial porta sua arma, para que eventuais erros sejam corrigidos, visando aumentar a segurança.
“As maiores dificuldades encontradas ao entrar nessas comunidades são as lajes e as vielas. Muitas vezes, ele é alvejado por tiros que vêm da parte alta da favela. Nosso objetivo é qualificar e aperfeiçoar a atuação e reduzir falhas”, afirmou.
Paulo Botelho |
Falso traficante é rendido durante o treinamento na favela cenográfica |
Os alunos também receberão instruções para lidar com conflitos onde há presença de moradores e pessoas inocentes, dando ênfase ao respeito dos direitos humanos e garantindo a segurança do cidadão.
“As próximas construções deverão simular creches, escolas, pontos de venda de entorpecentes, para que os policiais saibam lidar com diferentes situações e diferenciar criminosos e pessoas de bem, que são a maioria da população dessas comunidades”, explicou o tenente-coronel.
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