Meio assistente social, meio agente de repressão. Uma radiografia inédita do policial civil e militar brasileiro revela um profissional que possui ao mesmo tempo ideias "ongueiras" e conservadoras sobre a criminalidade. Na relação com os colegas, porém, desvendam-se pactos de silêncio e cumplicidade. E nos questionários da Fundação Getúlio Vargas (FGV) detecta-se um comportamento comum em todos os Estados: complacência com atos de corrupção, que impedem o policial de denunciar colegas envolvidos em atos ilícitos.
A pesquisa revelou associação significativa entre o padrão de escolaridade do policial, o nível de aceitação da corrupção e outras transgressões policiais. Menos anos de escola, mais "deixa pra lá". Como, em média, 49,77% dos policiais brasileiros possuem apenas ensino médio, o quadro é preocupante. "Mostramos que a educação tem um papel muito importante no processo de construção de um sistema de segurança mais eficaz e imune à corrupção", dizem os coordenadores da pesquisa, os professores Marco Aurélio Ruediger e Vicente Riccio.
Esse levantamento traz "opiniões e valores" dos agentes sobre temas de segurança pública e sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), carro-chefe das políticas do Ministério da Justiça para reverter o cenário de violência no País. Foram realizadas 23.540 entrevistas em 23 Estados de todas as regiões, entre 3 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro deste ano. Amapá, Goiás, Paraná e Distrito Federal ficaram de fora.
Os policiais tendem a ver o ingresso no mundo do crime como produto de pressão do ambiente, do meio social, e não como opção pessoal ou fruto da repressão insuficiente. Para 74,38% dos entrevistados, a pobreza e a desigualdade são as causas principais da criminalidade. Mas 89,11% defendem a redução da maioridade penal, atualmente em 18 anos. E quase todos - 91,39% - mostraram-se contrários à liberalização de drogas leves. Já 75,67% acreditam que os crimes de homicídio, tráfico de drogas e estupro têm punição branda pela lei penal brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A pesquisa revelou associação significativa entre o padrão de escolaridade do policial, o nível de aceitação da corrupção e outras transgressões policiais. Menos anos de escola, mais "deixa pra lá". Como, em média, 49,77% dos policiais brasileiros possuem apenas ensino médio, o quadro é preocupante. "Mostramos que a educação tem um papel muito importante no processo de construção de um sistema de segurança mais eficaz e imune à corrupção", dizem os coordenadores da pesquisa, os professores Marco Aurélio Ruediger e Vicente Riccio.
Esse levantamento traz "opiniões e valores" dos agentes sobre temas de segurança pública e sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), carro-chefe das políticas do Ministério da Justiça para reverter o cenário de violência no País. Foram realizadas 23.540 entrevistas em 23 Estados de todas as regiões, entre 3 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro deste ano. Amapá, Goiás, Paraná e Distrito Federal ficaram de fora.
Os policiais tendem a ver o ingresso no mundo do crime como produto de pressão do ambiente, do meio social, e não como opção pessoal ou fruto da repressão insuficiente. Para 74,38% dos entrevistados, a pobreza e a desigualdade são as causas principais da criminalidade. Mas 89,11% defendem a redução da maioridade penal, atualmente em 18 anos. E quase todos - 91,39% - mostraram-se contrários à liberalização de drogas leves. Já 75,67% acreditam que os crimes de homicídio, tráfico de drogas e estupro têm punição branda pela lei penal brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
0 comentários:
Postar um comentário