15/04/2009 - Por ACS Alagoas
Nada de policiamento ostensivo em Alagoas no dia 5 de maio. Portanto, o aquartelamento de policiais e bombeiros militares não é mais uma ameaça, mas uma realidade condicionada. A deliberação para radicalizar o movimento unificado da categoria surgiu na tarde desta quarta-feira (15) após mais um ato público que paralisou o trânsito nas ruas do Centro por cerca meia-hora.
Mais uma vez reunidos, os militares decidiram por unanimidade recolher a tropa nos quartéis da PM e dos Bombeiros, no dia 5 de maio, e não sair de lá por 24 horas. Isto seria a greve da categoria em resposta ao fim da negociação com o Governo do Estado.
Durante a assembleia desta tarde, as lideranças do movimento ainda aguardavam um contato telefônico da Secretaria da Fazenda com um posicionamento acerca da contraproposta apresentada na última segunda-feira (13). A sugestão era para o pagamento de 10% até junho e a negociação das datas-base para setembro. Mas, não houve acordo e a mobilização ganhou requintes de indignação.
Exibindo diversas faixas com mensagens onde atacavam a propaganda oficial do Governo de Alagoas, o movimento militar saiu em passeata da Praça dos Martírios e quando chegou ao cruzamento da Rua Melo Moraes com a Rua Cincinato Pinto decidiu bloquear o tráfego de veículos por 25 minutos. Foi neste intervalo de tempo que eles decidiram pelo aquartelamento.
No entendimento do presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas (ACS/AL), Wagner Simas, não há mais o que se fazer nesta questão. “O Governo é inerte e não gosta de negociar. Prefere ficar recolhido em seu gabinete e deixar os servidores sofrendo pelo descaso”, disse.
Mesmo com a deliberação, a categoria ainda estipulou um prazo até o dia 4 de maio para ‘sentar’ mais uma vez com a equipe do Executivo. Caso uma proposta compatível com a reivindicação do movimento não seja apresentada até esta data, o aquartelamento será inevitável, de acordo com Simas.
O presidente da ACS/AL e os demais líderes do movimento pretendem conscientizar as duas tropas (PM e CBM) para seguirem a deliberação, mesmo sob a ameaça de represálias por parte dos comandantes gerais das corporações.
FONTE: http://www.acsalagoas.org.br/?15-4-09-pm-e-bombeiros-param-no-dia-5-de-maio,248
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