Coronel nega e diz que ela responde a quatro processos disciplinares
A soldado Luciana Sobral, do 8º batalhão de Rio Largo foi detida na tarde de ontem, 27, por determinação do coronel Neilton. Ainda na detenção, Sobral informou que isso ocorreu porque ela não pode comparecer ao serviço pela manhã, já que estava na faculdade.
O coronel teria ligado e pedido que a soldado fosse ao batalhão, mas se
aborreceu quando avisado de que ela só iria à tarde. Ao chegar ela foi avisada de que ficaria detida até sábado.
Muito nervosa e chorando, a militar disse que havia levado os documentos que comprovam que no período da manhã estaria estudando, por isso foi pega de surpresa ao receber a ordem de detenção.
"Eu cheguei lá as 13h e ele falou que eu iria trabalhar até sábado, para compensar a falta pela manhã, só que depois me disse que eu poderia ir para a faculdade, contanto que voltasse para o batalhão depois".
O presidente da Associação dos cabos e soldados da PM e do Corpo de Bombeiros de Alagoas (ACS), Cabo Simas tomou conhecimento do ocorrido e disse que um advogado já está apurando o caso para saber se houve abuso de autoridade por parte do coronel.
"Nunca soubemos de situações em que o militar foi detido por ter ido à faculdade em dias de expediente. Porém, não temos uma lei que o libere de suas obrigações militares nesse período, o que existe é uma concessão entre as partes".
Simas ressaltou que o regulamento militar é muito rígido e cruel, uma vez que segue os mesmos parâmetros das forças armadas e prevê a detenção por até 3 dias nos casos de descumprimento de ordens ou faltas ao serviço, que ficam registrados na ficha, implicando nas perda de promoçoes ou cursos.
Se for comprovado que houve arbitrariedade, Sobral será ressarcida em dobro, tendo direito a 6 dias de folga, além das medidas jurídicas por danos morais que poderão ser tomadas.
Como justificativa à punição, o coronel Neilton informou que a soldado responde a 4 processos disciplinares, por faltar ao serviço e por utilizar a viatura do batalhão em dias de folga.
"A corregedoria deu um prazo para ela se defender e justificar as faltas, mas até agora nenhum atestado foi apresentado e se a soldado for condenada à prisão militar nos 4 processos, será afastada, já que acima de duas condenações em um ano, o militar é expulso da corporação", esclareceu.
Fonte:http://www.cadaminuto.com.br/noticias/noticias.asp?cod=11129
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