15 setembro 2010

Comissão de Ética da CMN vai apurar caso de Sargento Regina

O caso da vereadora licenciada Sargento Regina (PDT) - que revelou os bastidores da política e da polícia do Rio Grande do Norte, através de vídeos que vazaram para a internet -, deverá ser encaminhado, ainda hoje, à Comissão de Ética da Câmara de Natal. A informação partiu do procurador da Casa, Adriano Silva, que afirmou que o presidente, Dickson Nasser (PSB), está aguardando uma reunião com os membros da Mesa Diretora, para só então, enviar o assunto para avaliação da referida comissão.

O procurador disse ainda que, mesmo sendo uma das pessoas ciatadas pela vereadora nos vídeos, Dickson está tranquilo e procedendo como em qualquer outro caso avaliado pela Casa. Adriano Silva informou que a demora para encaminhar o caso para ser investigado se deve ao desencontro das agendas de Dickson e dos outros vereadores que integram a mesa diretora da Casa. Quando questionado sobre o limite de tempo para que esse procedimento seja executado, o procurador afirmou que nãohá, no regulamento da Casa, nenhum ponto estabelecendo prazos.

A vereadora Sargento Regina disse que não entende a razão para levar esse caso à Comissão de Ética, alegando que não quebrou o decoro parlamentar. "Não divulguei os vídeos e fico muito tranquila. Quem merecia minha retratação eram os vereadores Raniere Barbosa (PRB) e George Câmara (PCdoB). Para os demais eu não preciso me explicar. Aliás, não sei o porquê dessa vontade de levar esse caso à Comissão de Ética. Mas irei à qualquer comissão de cabeça erguida", afirmou.

O presidente da Câmara está entre as pessoas citadas por Regina dos vídeos, onde ela afirma ter feito um acordo financeiro - no valor de R$ 10 mil com Dickson.

Novo vídeo

A reportagem teve acesso a vídeo da vereadora, no qual aparece falando de supostos cargos fantasmas. "Tem essa questão de Enio Costa, a gente precisa decidir o que vai fazer. Se paga, ou se não paga ele. Porque por mim, não pagava, não! Mas também não vou tomar essa decisão só, vamos decidir aqui. Por mim não pagava, por toda sacanagem que ele fez. E que ainda está fazendo. Inclusive agora, até as esposas estão precisando dar expediente no gabinete, sem remuneração. Mas só para que, se chegar a fiscalização", diz Regina.

Ela afirmou ter esposas de policiais trabalhando em seu gabinete, mas desconhece o fato de não serem remuneradas.

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