09 março 2010

Capitão alega falha de comunicação

Falha de comunicação. Essa foi a explicação que o capitão Heriberto Rodrigues, comandante da 1ª Companhia do 4º Batalhão da PM da zona Norte disse ter ocorrido diante das declarações do major Lenildo Melo de Sena, comandante do 4º Batalhão da ZN sobre a área de atuação da viatura 410 - guarnição onde estava o soldado José Nelson Fernandes (J. Fernandes), morto na madrugada da sexta-feira (6) após uma abordagem policial no Loteamento Dom Pedro II.


Apesar do major Lenildo ter afirmado que o soldado estava em uma área que não era de atuação da viatura 410 e que nem o Centro Integrado de Operações da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social (Ciosp) e nem o oficial do dia haviam determinado que a guarnição fosse até o Loteamento Dom Pedro II, o capitão Rodrigues informou que a ordem para que a viatura patrulhasse a região que compreende o loteamento foi dada por ele (capitão). “A viatura 411 que atende Gramoré e, consequentemente, o Dom Pedro estava na revisão. Para a região não ficar desguarnecida determinei que a 410 atende-se além de Nova Natal (área de atuação) a região de Gramoré”.

Segundo o capitão, o major apenas se equivocou. “Houve um ruido (falha na comunicação), os policiais (J. Fernandes, Talles e Jerry) foram devidamente autorizados para trabalharem naquela região”.

À respeito dos processos que o soldado J. Fernandes respondia na justiça, sobre agressão leve e porte ilegal de arma, o capitão disse que, em serviço, J. Fernandes era um profissional exemplar com seis referências elogiosas. “No Brasil as pessoas são consideradas inocentes até que se prove o contrário. Isso se aplica aos PMs, também”

O soldado J. Fernandes respondia na justiça, uma ação criminal datada de julho de 2008, na 11ª Vara Criminal por lesão corporal leve – contra Francisca de Fátima do Nascimento e Francisco de Assis Câmara. Em 2009, o policial se envolveu em outra confusão: foi encontrado junto a dois seguranças - Nijson Dênis de Oliveira, 36, e Luís Fidélis de Medeiros, 30, nas dependências de um motel, em Ponta Negra. Os três portavam armas de fogo sem registro e, após serem conduzidos à 15ª Delegacia de Polícia, apenas J. Fernandes foi autuado por porte ilegal de arma – ele assumiu ser o dono da pistola 380 e dos dois revólveres calibre 32 encontrados na ação.

De acordo com informações de funcionários do Hospital Santa Catarina, Jackson Michel da Silva, 20, suspeito de ter atirado no PM foi transferido ontem para o Hospital Médico Cirúrgico. Informações dão conta que Jackson continua na UTI, mas está consciente. Jackson Michel está consciente e deve ser cirurgiado, na tarde de hoje, devido um tiro que atingiu o fêmur direito. De acordo com Lauro Herculano, diretor geral do hospital, os tiros que atingiram o paciente, além do fêmur, acertaram o crânio e o abdome. “Ele ainda está com secreção no estômago”. Herculano disse que o paciente afirmou que estava em casa quando “chegaram atirando”. “Ele disse achar que eram policiais”.

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