O soldado da Polícia Militar Antônio Carlos da Rocha Ramalho, do Grupo Tático-Operacional de Extremoz (GTO), foi baleado durante um assalto a um restaurante, em Ceará-Mirim, município da região metropolitana de Natal. O fato se deu no início da noite deste domingo (02).
Por volta das 18h, o PM se encontrava no Bar do Jackson com a companheira, quando chegaram ao local, em bicicletas, três adolesentes armados, cada um com um revólver calibre 38, que anunciaram o assalto. O trio fez um verdadeiro arrastão, levando todos os pertences das vítimas, inclusive do soldado que, segundo a polícia, não reagiu.
Porém, ao identificarem, através dos documentos, de que ele se tratava de um policial militar, os suspeitos resolveram atirar, atingindo o PM na virilha. Após os disparos, o trio fugiu do local. O soldado, que teve a bala alojada na coxa, foi levado ao Hospital Walfredo Gurgel, onde foi atendido e ainda hoje deve receber alta.
No intuito de prender os acusados, equipes de polícia de Extremoz e Ceará-Mirim realizaram uma operação comandada pelo capitão Fernandes, com o apoio do Bope, BP Choque, Rocam e GTO. Após colher informações sobre o paradeiro do trio, os policiais fecharam a saída da cidade de Ceará-Mirim e receberam uma denúncia de que os adolescentes fugiam em um táxi Corsa Sedan preto, que foi localizado e interceptado, por volta das 22h30. No interior do veículo, havia dois dos três envolvidos. Eles portavam dois revólveres calibre 38 e estavam com cerca de 10 celulares roubados.
Os adolescentes de 15 e 17 anos foram apreendidos e levados à Delegacia de Plantão Zona Norte, onde foram autuados por assalto, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio. Depois, os dois foram encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente (Ciad). Enquanto isso, a polícia prosseguiu na busca pelo terceiro acusado.
Informações de populares ajudaram a polícia a localizar a casa onde ele se encontrava. No entanto, segundo o cabo Azevedo, que participou da ação, os policiais não tinham ordem judicial para entrar no local. Foi montado um cerco ao redor da residência, onde a polícia permaneceu durante toda a madrugada. Quando o dia amanheceu, ao dar a diligência como encerrada, a PM se retirou. Foi quando recebeu uma denúncia anônima de que o jovem teria saído da casa e pego um táxi. A polícia então retomou as buscas e conseguiu localizar o acusado. Ele disse ter 15 anos, confessou o crime e revelou à polícia que escondia uma arma debaixo da caixa d'água de casa.
Antecedentes criminais
O adolescente de 17 anos já tem passagem pela polícia por crime de homicídio. Além disso, ele e o outro de 15 anos - primeiros apreendidos após o assalto ao bar, confessaram estar envolvidos com a criminalidade há cerca de três anos. Eles revelaram já ter efetuado vários arrombamentos e assaltos.
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