Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
"O fato é que, a pedido do governador [o então governador do DF, José Roberto Arruda], o procurador-geral de Justiça me procurou e o interesse era que eu não denunciasse o coronel Cerqueira. E eu prossegui no meu trabalho, apresentei a denúncia e o fato foi levado avante”, disse o promotor, na saída do depoimento. Lima depôs como testemunha do procedimento interno instalado pelo CNMP que investiga o envolvimento de Bandarra e da promotora Débora Guerner no esquema de corrupção do DF que acabou com a cassação de Arruda.
“A partir do momento que você procura um promotor de Justiça, que tem independência funcional, para, de algum modo, saber do trabalho dele, é claro que isso é uma interferência no trabalho dele", afirmou Lima. A denúncia do promotor acabou culminando na saída de Cerqueira e de mais cinco oficiais da cúpula do comando da Polícia Militar do DF. Atualmente, o coronel ocupa um posto na Secretaria de Segurança Pública.
Além de Lima, também foram ouvidos, em uma acareação nesta manhã, o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa e o jornalista Edson Sombra.
Edição: Lana Cristina
FONTE: Agência Brasil
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