23 novembro 2010

Insegurança: Prédios públicos são usados para o consumo de drogas

Dois prédios e dois problemas. No prédio onde funcionava a Secretária Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), na rua General Glicério, bairro da Ribeira o local está sendo utilizado para o consumo de drogas. O mesmo ocorre no prédio onde funcionava o Pronto Socorro Infantil Sandra Celeste, na avenida Bernardo Vieira, no bairro Dix-Sept-Rosado. Quem mora ou trabalha nas proximidades dos locais apontados pela reportagem da Tribuna do Norte reclama da ausência da ronda ostensiva da Polícia Militar.

Antigo prédio onde funcionava a Semurb
está abandonado e virou ponto para consumo de drogas
A doméstica Zélia Cândido de 43 anos passava em frente à antiga sede da Semob, na tarde de ontem e disse que, dificilmente, faz aquele caminho para seguir para casa. “Tenho medo de passar por aqui. É muito perigoso. Fazem de tudo nesse prédio”.

Zélia lembra que mendigos e usuários de drogas roubaram as janelas e portas do prédio e que até os tijolos eles estavam levando. “Vieram aqui e fecharam todas as entradas do prédio, mas já abriram um buraco no muro novamente. Quem passa com bolsa por aqui é roubado”, desabafa.

A comerciante Cers Maria Freire, 37 tem um bar na rua Felinto Elizio (Lateral do prédio). “Todos os dias ao se aproximar das 15 horas fecho meu comércio porque tenho muito medo”.

Questionada sobre o prédio abandonado, ela disse: “Lá tem de tudo. Usam droga e até fazem sexo. O prédio também é utilizado como ponto de fuga para quem rouba”.

Sobre a polícia, Cers afirmou que não vê viaturas da PM no local. Já a dona de casa Maria Célia dos Santos contou que tem medo de assaltos e que só passa pelo local porque não existe outra forma de chegar na casa de parentes. “Todo mundo sabe que aqui é perigoso, mas ninguém faz nada. Isso é que é o pior”.

Já os comerciantes da avenida Coronel Estevam (antiga avenida 9) reclamam do prédio onde funcionava o pronto socorro. A situação é tão difícil que um dos comerciantes tampou a caixa (de cimento) que foi feita para colocar o hidrometro porque os usuários arrancavam os canos. “Eles usam os canos para consumir o crack. O problema é que a polícia não passa por aqui”, enfatizou Manoel Wilson Costa Júnior, 31 que possui uma loja na região.

Manoel revelou também que não há dúvidas de que o antigo prédio do Sandra Celeste tem sido utilizado para o consumo de entorpecentes.

A TN entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Natal para obter informações sobre a situação dos prédios, por meio da assessoria foi dito que a reportagem deveria procurar o chefe de gabinete da prefeitura Kalazans Bezerra. Por telefone, Kalazans afirmou que estava em uma reunião. Após 30 minutos foi tentado outro contato, mas o aparelho celular do chefe de gabinete estava desligado.

Na Ponte Newton Navarro erguida pelo governo do Estado, a situação não é diferente. Nas pilastras da ponte há aberturas que não foram fechadas. O local é “ótimo” para quem quer fumar o chamado “baseado”. Quando a noite chega, a pouca iluminação facilita o uso de drogas.

Foi tentado contato com o 1º Batalhão da Polícia Militar, localizado no bairro das Quintas para obter informações sobre os procedimentos adotados pela polícia para conter o consumo de drogas na região que compreende o batalhão, mas sem êxito.

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