É inaceitável que os trabalhadores que arriscam suas vidas para nos  proteger tenham que fazer bico para viver   Luiz  Paulo Pieri Relator da PEC 300/08 na comissão especial que analisou a proposta, o  deputado Major Fábio (DEM-PB) avalia que o governo virou as costas para  os policiais e bombeiros militares de todo o Brasil, ao trabalhar para  impedir a conclusão da votação da proposta de emenda à Constituição, da  qual foi relator na Câmara. A proposta em questão cria um piso salarial  nacional para os policiais e bombeiros militares.  O parlamentar destaca que a PEC é a mais acessada no portal da Câmara.  Em sua avaliação, a popularidade do Congresso vai melhorar se o projeto  for aprovado. “Se não for, será uma grande decepção”, diz. Para ele, o  governo tem que “parar de tapear, não só os PMs e bombeiros, mas uma  série de outras categorias que buscam melhoria de salário e condições de  trabalho”.  Na sua avaliação, por que a PEC 300/08 não é colocada em votação? Esta resposta tem que ser dada pelo governo, que virou as costas para os  policiais e bombeiros militares. Estamos sendo tapeados pelo governo.  Principalmente com uma proposta que foi exaustivamente discutida com a  categoria em todos os estados, com os deputados e com o povo brasileiro.  E agora se chega com a conversa de limpar a pauta, tapeando o pessoal  da jornada de 30 horas, o pessoal da PEC 308, os policiais militares,  que são os nossos heróis. Isso é uma vergonha para o povo brasileiro.  Não aguentamos, não suportamos mais uma tapeação dessa forma nesta Casa,  que merece todo o respeito dos brasileiros. Defendemos a PEC 300,  porque só ela é capaz de solucionar o problema salarial no País.   Além da questão salarial, o que mais falta para melhorar as condições de  trabalho dos policiais e bombeiros militares? O mínimo de estrutura básica com cursos de academia para que o policial  possa fazer um bom trabalho. Só que, para fazer um bom trabalho, ele tem  que ter salário bom. O governo federal precisa ajudar na estrutura aos  estados para que possamos investir em material bélico e dignificar a  profissão com um salário decente para que muitos desses funcionários não  sejam obrigados a desenvolver outras atividades para complementar a  renda. É inaceitável que os trabalhadores que arriscam suas vidas para  nos proteger tenham que fazer bico para viver.  Além da sua defesa pela aprovação da PEC 300, que projetos da área de  segurança o senhor considera prioritários? Tenho atuado nas comissões de Segurança e de Trabalho, buscando  trabalhar pela aprovação dos projetos da nossa categoria que por lá  tramitam e ajudando na busca de uma política de segurança pública que  não tenha como gargalo a falta de recursos. Recentemente, na Comissão de  Trabalho, fui relator do Projeto de Lei 5358/09, do deputado Laerte  Bessa (PSC-DF), que substitui a designação “bombeiro civil” por  “brigadista particular”. Votei favoravelmente a essa proposta por  entender que a mudança busca apenas uma adequação da terminologia, pois o  termo “bombeiro” refere-se a uma profissão das forças de segurança  pública dos estados, e esse profissional possui uma missão distinta da  exercida por esses novos profissionais, que são os bombeiros civis.  Também sou autor do Projeto de Lei Complementar 527/09, que estabelece  que pelo menos 20% do efetivo operacional das Forças Armadas fiquem  localizados na faixa de fronteira e tenham poder de polícia, com  atribuições subsidiárias de segurança pública para garantir a lei e a  ordem. O projeto vai permitir aperfeiçoar as ações tanto preventivas  como repressivas contra vários delitos, particularmente o tráfico de  drogas e de armas.
FONTE: http://www.camara.gov.br/internet/jornalcamara/default.asp?selecao=materia&codMat=56091
FONTE: http://www.camara.gov.br/internet/jornalcamara/default.asp?selecao=materia&codMat=56091






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